quarta-feira, 7 de maio de 2014

pequeno extracto do romance : Tempestades de Emoções

Tempestades de emoções     

Depois do calor quase insuportável que tinha estado durante o dia, a noite estava gelada e escura.
As ruas estavam desertas, não se via absolutamente ninguém, a maioria das casas estavam em ruínas, algumas ainda fumegavam, carros queimados e abandonados, árvores caídas por tudo quanto era sitio, por causa dos bombardeamentos e das bombas que diariamente explodiam.
O som de gritos de angústia e o choro de várias mulheres, quebrou o silêncio da noite, mas no meio desses sons desesperados, ecoou os risos sarcásticos de homens.
O Coronel Williams, fez os seus homens pararem com um movimento de um braço, e os seus olhos escuros, apertaram-se como os de um animal selvagem.
Ele estava patrulhando a zona com mais cinco militares americanos.

Tempestades de Emoções     Paula Cristina Simões dos Santos Trigo

- Vamos virar aqui. - A voz dele baixa, suou tão fria quanto a noite.
Era um homem alto e forte mas foi com uma agilidade invulgar, que ele saltou alguns muros altos. Rápidos e silenciosos, os seis homens caminharam por uma estrada estreita e enfiaram-se por umas quantas casas em ruínas… Ele parou de novo, para ter a certeza de onde vinham aqueles gritos de desespero e logo depois avançou alguns metros, fazendo sinal aos seus homens para o seguirem de perto… Uns metros á frente haviam mais algumas ruínas, que eles ultrapassaram e ficaram de frente para um grupo de dois homens fardados, que perto de um muro riam, enquanto mantinham um grupo de quatro mulheres muçulmanas encurraladas… Dois outros homens estavam agarrando e rasgando a roupa de uma outra mulher, que tentava em vão libertar-se deles.
- O que está acontecendo aqui? - O olhar do coronel estreitou-se e a voz dele saiu feito um tiro.
Os dois militares que estavam rasgando a roupa da mulher pararam, olhando para o coronel e o riso desapareceu dos rostos deles.
A mulher, de olhar assustado tentou cobrir-se com a roupa rasgada, o coronel despiu a camisa, tentou aproximar-se dela, mas a jovem mulher olhou-o tão
Tempestades de Emoções     Paula Cristina Simões dos Santos Trigo

assustada que ele jogou a camisa para ela e voltou de novo a sua atenção para os militares.
- Então? – Ele deu um passo á frente, o seu olhar gelado. -Estou esperando uma resposta. - Com alguma violência ele empurrou um dos militares.
- Coronel nós… _ Um dos militares principiou a falar mas parou.
- Sim? - O olhar do coronel era assustadoramente frio. - Capitão Alex
Um dos cinco militares que o estavam com ele deu um passo á frente.
- Sim Coronel.
- Prenda estes homens.
- Mas … Um dos militares que estava molestando as mulheres, tentou falar mas foi prontamente calado.
- Se sabe o que é melhor para si tenente, mantenha-se calado… O tribunal militar, vai ditar a sua sentença. - O coronel olhou friamente, para os quatro homens, depois o seu olhar desviou-se para o grupo de mulheres, que continuavam encolhidas, chorando.

- John… mande-as sair daqui.

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