Vou deixar aqui um pequeno extracto do livros.
Um abraço a todos
Paula Trigo
Paixão sem fim
Leo deitou-lhe um olhar de pouco caso.
- O meu veículo avariou e está a chegar a reboque.
Ana Carolina era recepcionista, há já alguns anos
naquela oficina, apesar do olhar triste, ela sempre trazia
um sorriso simpático no seu rosto.
- Ana Carolina. - A mulher esbelta que se sentara ao
lado de Leo, chamou-a com a arrogância de quem
manda.
Carolina levantou o olhar para ela.
- Este cliente, precisa de ser atendido ...agora.
Carolina respirou fundo, pegou num pequeno bloco e
numa caneta e aproximou-se, com o seu sorriso e
simpatia habitual
- Dá-me a matrícula do seu veículo por favor.
- Não estou com pressa No traço másculo mas bonito
do rosto dele desenhou-se um ligeiro sorriso. - O meu
carro ainda não chegou, vem a reboque, por isso não há
pressa.
Carolina lançou um olhar serio para a mulher que
continuava sentada ao lado dele.
- Não queres fazer tu a recepção da viatura Bell ?
- Eu não trabalho na oficina.
- Então estás no local errado. - Carolina falou irónica e
Leo sorriu. - Quando a sua viatura chegar, eu venho abrir
a obra. Certo?
Ana Carolina afastou-se sem esperar pela resposta e o
olhar dele acompanhou-a.
- Carolina tem um feitio terrível! Acha se sempre dona
da verdade.
- Achei que ela tinha razão. - Leo olhou pela primeira
vez com atenção a mulher que estava sentada ao seu lado
e que o olhava sedutoramente sem parecer muito
impressionado. - O meu carro chegou, dê-me licença.
Ana Carolina observou o Ferrari vermelho de matrícula
estrangeira que estava a chegar no cimo de um reboque.
Era um belo Ferrari vermelho, moderno demais para
entrar naquela oficina velha. Devagar, ela aproximou-se
do homem alto que estava parado, á porta da oficina
olhando o Ferrari.
- Tem a certeza que quer deixar o seu veículo aqui? -
Carolina perguntou com suavidade e Leo sentiu a sua pele
ficar arrepiada.
- Porquê? Acha que a “sua” oficina não tem capacidade
para mexer nele?
- Não é isso. - Carolina sorriu ao olha-lo, mas era um
sorriso triste que não lhe chegava aos olhos – Pela
Matricula o carro ainda esta na garantia... e a oficina
não é minha...
- Mas pode ser se quiseram ele olhou-a com alguma
insistência e Carolina sentiu-se constrangida.
- Como?
- Se quiser pode ser dona desta oficina. Posso comprala
e oferecer-lha .- Os lábios de Carolina tremeram e ele
sorriu. - Quer?
- Não. Claro que não. Vamos preencher a obra de
entrada .
Carolina virou-lhe as costas e ele seguiu-a com um
sorriso trocista. Ela sentou-se numa secretária de frente
para o computador.
- O seu nome por favor.
- Leo Yaristo - Carolina olhou-o - Yaristo com Y e
escreve-se exactamente como eu falei - Ele sorriu .-.
Alguma vez visitou a Grécia?
- Não senhor. - Ana Carolina também sorriu.
Leo deu-lhe um número de telemóvel e a morada do
hotel onde estava hospedado e logo depois, um outro
homem também moreno e alto, aproximou-se, falando
numa linguagem estranha que Carolina não entendeu mas
achou que era grega
.- Ligo-lhe amanhã para saber algo. - Leo estendeu uma
mão para ela que com alguma hesitação estendeu a sua
também.
- Combinado. - Ana Carolina sentiu que ele estava a
segurar a mão dela mais tempo do que o necessário e
retirou a dela rapidamente - Se não ligar, nos ligamos
- Certo . - Leo largou as chaves do Ferrari em cima da
secretaria dela com um sorriso cheio de charme e afastouse
com o outro homem.
- Quero que contrates um detective. Quero saber tudo
sobre esta mulher
- O quê?
- Quero que contrates alguém que me conte tudo sobre
esta mulher . - Leo repetiu .
Tripamoviks trabalhava com Leo Há muito tempo e
nunca o vira interessado por outra mulher que não fosse
Tess com quem vivia há alguns anos
- Tess não vai gostar.
- Há já algum tempo que Tess só vive comigo porque
eu lhe proporciono uma boa vida, aliás acho que isso
sempre foi o que ela viu em mim. Nem na mesma cama
dormimos mais - Leo entrou no carro negro e sorriu para
Tripamoviks - Mas eu não falei que quero essa mulher
aí... Estou apenas curioso.